Como a capacidade de armazenamento teve um crescimento espantoso, algumas pessoas começaram a questionar se a manutenção de todos este espaço em uma única grande área seria a melhor idéia a ser implantada. Esta linha de pensamento foi provocada por diversas razões, algumas filosóficas, outras técnicas.
Sob o ponto de vista filosófico, após determinado tamanho, parecia que o espaço adicional disponibilizado por discos maiores serviam somente para o armazenamento de dados sem uso. Sob o ponto de vista técnico, alguns sistemas de arquivos claramente demonstraram que não foram desenhados para armazenamento de grandes quantidades de dados, ou o trabalho adicional para o sistema tornou-se excessivo. Ainda nesta linha, fica claro que uma única partição torna todo o sistema mais vulnerável a problemas de ordem física, onde algum problema pode tornar todos os dados do disco inúteis.
A solução para esta questão foi encontrada na divisão do disco em partições, onde cada uma delas pode ser acessada como se fosse um disco distinto. Isso é realizado através da criação de uma tabela de partições.
Nota: Apesar do diagrama aqui apresentado mostrar a tabela de partições como um elemento à parte do disco rígido, esta apresentação não condiz com a realidade. Na verdade ela é armazenada bem no início do disco, antes de qualquer sistema de arquivos ou dados de usuário. Porém, para efeitos didáticos ela será mantida em separado nos nossos diagramas.
Como a figura mostra a tabela de partições é dividida em quatro seções. Cada uma contém as informações necessárias para se definir uma única partição, significando que a tabela de partições não pode definir mais que quatro partições. Cada entrada na tabela de partições contém diversas características importantes, como por exemplo:
Vamos verificar mais de perto cada uma desta características. Os pontos de início e fim na verdade definem o tamanho de cada partição e a sua localização dentro do disco. O indicador de atividade é usado por alguns utilitários de inicialização de sistemas operacionais. Em outras palavras, o sistema operacional que residir na partição assinalada como ``ativa'' será inicializado. O tipo de partição pode ser um pouco mais confuso, pois trata-se de um número que indica a forma de uso da partição. Alguns sistemas operacionais usam o tipo de partição para indicarem um tipo de sistema de arquivos específico, para indicar que a partição está associada a um sistema operacional específico ou para indicar que a partição contém um sistema operacional inicializável, ou ainda alguma combinação dos três.
A tabela contém uma lista de alguns populares e obscuros tipos de partição, em conjunto com os seus valores numéricos.
No momento, o leitor deverá estar em dúvida sobre como esta complexidade adicional é normalmente utilizada. Veja na Figura um exemplo.
Em muitos casos, há somente uma única partição ao longo de todo o disco, de forma geral replicando um situação similar aos dias anteriores ao particionamento. A tabela de partições tem somente uma de suas entradas sendo utilizada apontando para o início da partição. Esta partição foi denominada ``DOS'', como se pode perceber na figura , o que é um simplificação, porém bastante adequada para os propósitos desta discussão. Este é um típico layout de particionamento de computadores recentemente adquiridos com alguma versão de Windows pré-instalada.