No 2.0.x, ao qual adicionou-se o suporte para IPX, o procedimento da configuração mudou ligeiramente. A seção das opções gerais agora pergunta sobre o desejo de suporte à rede de forma geral. Isto é imediatamente seguido por um par de perguntas com opções variadas de rede.
Para usar a rede TCP/IP, deve-se responder essa pergunta com y. Ao se responder com n, de qualquer forma, ainda será possível compilar o kernel com o suporte a IPX.
É necessário habilitar esta opção para que o sistema aja como uma conexão entre duas redes Ethernets, ou entre uma Ethernet e uma ligação SLIP, etc. Embora ela não interfira caso seja habilitada como padrão, possivelmente será necessário desabilitá-la para configurar uma máquina como firewall.
Firewalls são clientes que estão conectados em duas ou mais redes, mas não permitem o livre tráfego entre elas. Eles são geralmente usados para fornecer aos usuários de uma rede de uma companhia o acesso a Internet com um risco mínimo para a rede interna. Aos usuários será permitido acesso interno ao firewall e o uso dos serviços da Internet, mas as máquinas da companhia serão protegidas dos ataques externos, pois nenhuma conexão de entrada deverá atravessar o firewall.
Esta opção trabalha em torno de uma incompatibilidade com algumas versões do PC/TCP, uma implementação comercial do TCP/IP baseado em DOS para PCs. Ao habilitá-la, ainda será possível comunicar-se normalmente com máquinas , mas a performance pode sofrer interferências com ligações muito lentas.
Esta função habilita RARP, o Protocolo Reverso de Definição de Endereço. RARP é usado por clientes sem disco e terminais X na busca de seu endereço IP ao serem inicializados. Deve-se habilitar RARP somente quando se planeje utilizar este tipo de cliente. Este último pacote de utilidades de rede (net-0.32d contém um pequeno utilitário chamado rarp que permite adicionar sistemas de cache ao RARP.
Ao mandar dados via TCP, o kernel tem que quebrar a mensagem dentro de vários pacotes antes de liberá-lo ao IP. Para máquinas que podem ser alcançadas sobre uma rede local, tais como uma Ethernet, pacotes maiores devem ser usados, ao passo que em ligações de longa distância, como linhas discadas ou linhas de dados dedicadas, pacotes menores constituem a melhor opção a ser utilizada.3.3Caso seja habilitado o parâmetro SNARL, o kernel irá assumir que somente as redes que são locais terão a comunicação através de pacotes maiores. De qualquer modo, ao se analisar a rede classe B da Universidade do Pantanal, veremos que toda ela é local, mas a maioria das interface das máquinas aponta somente para uma ou duas subredes. Ao se habilitar SNARL, o kernel irá assumir que todas as subredes são locais e usar blocos de dados maiores também na comunicação com as demais redes do campus.
Caso se deseje usar blocos de dados com tamanhos menores a serem enviados a máquinas específicas (porque, por exemplo, o dado será enviado através de uma ligação SLIP), pode-se configurar o parâmetro mtu do route, o qual é descrito no final deste capítulo.
A regra de Nagle é um algoritmo heurístico que procura evitar o envio em particular de blocos de dados IP muito pequenos, também chamados tinygramas. Estes são geralmente criados por ferramentas de redes interativas que transmitem chaves únicas, tais como telnet ou rsh. Tinygramas podem particularmente criar perdas no uso da banda de comunicação devido a uma baixa taxa de transmissão de bits por segundo, como por exemplo com o protocolo SLIP. O algoritmo de Nagle tenta evitá-los retendo as transmissões de dados TCP por alguns momentos, em algumas circunstâncias. Somente deve-se desabilitar o algoritmo de Nagle se houver problemas com o início de blocos de dados que foram retidos.
Esta opção habilita o suporte a IPX, o qual transporta o protocolo usado por Redes Novell©. Um benefício direto desta funcionalidade é a possibilidade de trocar dados com utilitários IPX do DOS, e possibilitar o tráfego entre suas redes baseadas em Novell através de uma ligação PPP. O suporte para protocolos em um nível mais alto na rede Novell também já está disponível, inclusive uma versão do próprio Netware para a plataforma Linux. A partir do kernel 1.1.16, o passou a suportar outro tipo de programa de controle de dispositivos, o falso dispositivo. A questão a seguir é apresentada para iniciar a seção de programa de controle de falso dispositivo.
O falso dispositivo na verdade não realiza muitas tarefas, mas é totalmente útil em dispositivos independentes ou em máquinas SLIP. Ele é basicamente uma interface de teste local mascarada. A razão de existir este tipo de interface é que em máquinas que executam o SLIP, mas não possuem Ethernet, tem-se a necessidade de uma interface que sustente o endereço IP durante todo o tempo. Isto é discutido com mais detalhes na seção ![[*]](cross_ref_motif.gif)
do capítulo .