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2.6.2 Entradas DNS

O DNS organiza o nome das máquinas em uma hierarquia de domínios. Um domínio é uma coleção de sites que estão relacionados de alguma forma: formam uma rede formal (por exemplo, as máquinas de uma campus ou todas as máquinas da BITNET), pertencem a uma determinada organização ( a rede do governo de um País), ou estão geograficamente próximas. Por exemplo, universidades brasileiras estão agrupadas no domínio edu.br, com cada uma usando um subdomínio em separado, o qual pode ser subdividido e sob o qual as suas máquinas estarão configuradas. A Universidade do Pantanal pode ter um domínio chamado por exemplo pantanal.edu.br, com a rede do Departamento de Matemática definida como mat.pantanal.edu.br. Máquinas em uma rede departamental terão o nome do domínio adicionado ao seu nome individual. Então jacare será conhecida como jacare.mat.pantanal.edu.br. Esta denominação é chamada de nome de domínio totalmente qualificado, ou FQDN, o qual identifica uma única máquina em todo o mundo.

Figura: Parte do Espaço de Nome de Domínio

A Figura [*] mostra uma seção de um espaço de nome de domínio. A entrada na raiz desta árvore, a qual é definida por um simples ponto, é apropriadamente chamada de domínio raiz, e engloba todos os demais domínios. Para indicar que um nome de uma máquina está no formato totalmente qualificado, ao invés de estar no formato de nome relativo de algum domínio local, ele será definido com um ponto ao final. Isso significa que o último componente do nome é o domínio raiz. Dependendo de sua localização na hierarquia de nomes, um domínio pode ser denominado de nível primário, secundário ou terciário. Mais níveis podem ocorrer, porém são muito raros. Há alguns domínios de primeiro e segundo nível que serão vistos com alguma freqüência:




No site http://www.fapesp.br, que é o órgão mantenedor do DNS do domínio .br, podem ser encontrados diversos outros identificadores de domínios, inclusive para pessoas físicas.

O código de País é baseado no seu nome, sendo utilizada a tabela ISO-3166 que atribui duas letras a cada País. A Finlândia, por exemplo, utiliza o domínio fi, fr é usado pela França, de pela Alemanha, ou it pela Itália etc. Sob esses domínios de primeiro nível, cada País tem a liberdade de organizar os nomes das máquinas da forma que quiser. A maioria dos Países tem um domínio de segundo nível similar ao utilizado nos EUA. Por exemplo, a Austrália tem um domínio de primeiro nível denominado .au e domínios de segundo nível denominados com.au, edu.au, e assim por diante. Alguns como a Alemanha não utilizam níveis extras, mas utilizam nomes mais longos que referenciam diretamente um domínio em particular. Por exemplo, não é incomum ver máquinas com nomes como ftp.informatik.uni-erlangen.de.

Evidentemente, esses domínios nacionais não implicam que a máquina esteja localizada na realidade naquele País. Ele somente indica que ela foi registrada no NIC daquele País. Uma empresa sueca pode ter uma filial na Austrália, e ainda assim ter todas as máquinas registradas no domínio primário se.

Organizando um espaço de nomes em uma hierarquia de domínios resolve de forma elegante o problema de nomes únicos. Com o DNS, um nome de máquina tem que ser único no domínio ao qual ela pertença, garantindo-se assim que ele seja único em todo o mundo. Além disso, nomes totalmente qualificados são mais simples de serem lembrados. Por si só, estas são razões muito boas para se dividir um grande domínio em diversos subdomínios.

O DNS faz ainda mais do que isso: permite delegar autoridade sobre subdomínios a seus administradores. Por exemplo, os mantenedores do centro de computação da Universidade do Pantanal podem criar um subdomínio para cada departamento, nós já encontramos alguns deles como mat e ict.

Ao encontrar a rede do Departamento de Matemática muito grande e caótica de ser administrada de fora, pode-se simplesmente passar o controle do domínio mat.pantanal.edu.br para os administradores daquela rede. Eles terão toda a liberdade de utilizar os nomes que queiram e assinalar os endereços IP que desejem às maquinas de sua rede, sem qualquer interferência externa (dentro de seu domínio e de sua faixa de endereços). O nome é dividido em zonas, cada uma roteando para um domínio: o domínio pantanal.edu.br engloba todas as máquinas da Universidade do Pantanal, enquanto a zona pantanal.edu.br inclui somente as máquinas que estão diretamente ligadas ao Centro de Computação. As máquinas do Departamento de Matemática pertencem à uma zona diferente, chamada mat.pantanal.edu.br. Na figura [*], o início da zona está marcada com um pequeno círculo à direita do nome do domínio.


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