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2.4.4 A Tabela de Roteamento

Vamos tratar agora sobre como o protocolo IP escolhe o ponto de passagem a ser usado ao enviar um datagrama para uma rede remota.

Já pudemos ver que a máquina jacare, ao receber um datagrama destinado a jaburu, verifica o endereço de destino e descobre que ele não está na rede local. Ele então envia o datagrama para o ponto de passagem padrão, dourado, o qual enfrenta basicamente a mesma tarefa. dourado conclui que jaburu não está em nenhuma das redes às quais ele está conectado. Ele deve então encontrar um outro ponto de passagem para enviar o datagrama. A escolha correta deveria ser piranha, o ponto de passagem do Departamento de Física. dourado necessita ainda de informações que possam associar uma rede destino com o ponto de passagem adequado.

As informações utilizadas pelo protocolo IP para roteamento consistem basicamente em uma tabela relacionando redes e pontos de passagem utilizados para alcançá-las. Uma entrada genérica, aplicado a todos os endereços não localizados na tabela local também deve ser normalmente informada. Este é um ponto de passagem associado à rede 0.0.0.0. Todos os pacotes destinados a uma rede desconhecida são enviados através desta rota padrão. No caso da máquina dourado, esta tabela deve assemelhar-se a algo como:

Rede Ponto de Passagem Interface
149.76.1.0 - fddi0
149.76.2.0 149.76.1.2 fddi0
149.76.3.0 149.76.1.3 fddi0
149.76.4.0 - eth0
149.76.5.0 149.76.1.5 fddi0
... ... ...
0.0.0.0 149.76.1.2 fddi0

Roteamento para a rede à qual dourado está diretamente conectado não requer um ponto de passagem. De qualquer forma foi definida como ``-'', significando a máquina local.

Tabelas de roteamento podem ser construídas de várias maneiras. Para pequenas redes locais é normalmente mais eficiente construí-las manualmente e mantê-las usando o comando route durante a inicialização do sistema (veja o capítulo [*]). Para redes maiores, elas são construídas e ajustadas em tempo de execução pelos programas servidores de roteamento, normalmente executados em servidores da rede e que trocam informações de roteamento para definir os melhores ``caminhos'' ou rotas entre os membros da rede.

Dependendo do tamanho da rede, diferentes protocolos de roteamento podem ser usados. Para roteamento dentro de sistemas autônomos (como a Universidade do Pantanal), protocolos de roteamento interno são utilizados. O mais conhecido é o RIP, o Protocolo de Informações de Roteamento, o qual é implementado pelo servidor BSD routed. Para roteamento entre sistemas autônomos, protocolos de roteamento externos como EGP2.10 (Protocolo de Ponto de Passagem Externo) ou BGP2.11(Protocolo de Ponto de Passagem de Fronteira) devem ser usados. Estes (assim como o RIP) foram implementados no programa servidor gated da Universidade de Cornell.2.12

Normalmente, nenhum roteamento dinâmico será necessário a menos que a rede seja muito grande ou contenha um grande número de conexões. Por esta razão, somente tabelas de roteamento estáticas criadas durante a inicialização do sistema serão criadas.


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