O roteamento de mensagens em redes UUCP é muito mais complexo que na Internet, uma vez que o software de transporte não executa qualquer rotina desta natureza. No início, todas as mensagens deviam ser endereçadas usando-se caminhos bang. Estes especificam uma lista de máquinas separadas por bangs (pontos de exclamação), seguidos pelo nome do usuário. Para endereçar uma mensagem para Paulo Renato na máquina chamada cianorte, deve-se usar, por exemplo, o caminho . Esta mensagem será então enviada para pgrossa, a partir daí para guarapuava e finalmente para cianorte.
O ponto crítico desta técnica reside na necessidade de se conhecer toda a topologia da rede, caminhos mais eficientes, etc. Muito pior que isso, mudanças provocadas na topologia da rede, tais como conexões que são removidas ou máquinas que sejam desativadas, podem causar falhas na entrega das mensagens simplesmente porque o remetente não sabia das mudanças. E finalmente, no caso de mudanças para uma nova base, todos as rotas terão que ser reaprendidas.
Uma das causas que criou a necessidade do uso de roteamento na origem foi a presença de nomes ambíguos: por exemplo, assumindo-se que há duas máquinas chamadas cianorte, uma no Brasil e outra na Argentina. Para qual site o endereço aponta? Isso pode se tornar claro à medida que se defina qual o caminho que deve ser usado para se chegar a cianorte.
O primeiro passo para eliminar eventuais ambigüidades foi a criação do Projeto de Mapeamento UUCP13.10. Ele está localizado na Universidade Rutgers e registra todos os nomes oficiais de máquinas UUCP e a localização geográfica de seus vizinhos mais próximos, assegurando que o nome da máquina não será utilizado novamente. As informações mantidas pelo Projeto de Mapeamento são publicadas regularmente com o nome de Mapas Usenet, através da Usenet.13.11 Uma entrada típica no Mapa (após a remoção dos comentários) tem o seguinte aspecto:
Esta entrada indica que a máquina cianorte tem uma ligação com guarapuava, duas vezes ao dia e com a máquina londrina semanalmente. Retornaremos ao formato do arquivo de Mapa em maiores detalhes adiante.
Usando as informações de conectividade disponibilizadas pelos mapas, pode-se automaticamente gerar caminhos completos a partir de uma máquina local para qualquer site de destino. Esta informação é normalmente armazenada no arquivo paths também chamado de arquivo de base de dados de caminhos alternativos. Assumindo que os Mapas indiquem que se pode acessar marilia através de bauru, então um caminho alternativo para a máquina marilia gerado pelo Map acima teria o seguinte formato:
Caso o endereço de destino seja , o MTA irá escolher a rota acima e enviará a mensagem para bauru com um envelope de endereçamento igual a .
Construir um arquivo path com todos os mapas da Usenet não é uma idéia muito interessante. As informações podem estar distorcidas e ocasionalmente desatualizadas. Assim sendo, somente um pequeno número de máquinas principais usam o mapa mundial completo do UUCP para construir seus arquivos path. Muitos sites mantém somente informações de roteamento para os sites próximos e enviam as mensagens destinadas a sites desconhecidos para uma máquina que tenha um mapeamento mais completo. Este sistema é chamado roteamento de máquinas otimizado. Máquinas que têm somente uma ligação de correio UUCP (também chamadas sites folha) não executam nenhuma ação de roteamento por si só, baseando-se inteiramente no roteamento otimizado.