Enquanto as opções acima são aplicadas na configuração do cliente NFS, existe um diferente conjunto de opções que se aplicam ao servidor e que afetam o seu relacionamento com cada possível cliente. Estas opções são incluídas no arquivo /etc/exports.
Por padrão, o programa mountd não permite a ninguém que monte qualquer diretório de sua máquina, o que é uma atitude correta. Para permitir uma ou mais máquinas montarem um diretório via NFS, ele deve ser exportado, ou seja deve estar especificado no arquivo exports. Um exemplo deste arquivo é o seguinte:
Cada linha define um diretório e uma lista de máquinas que podem montá-lo. Um nome de máquina é normalmente indicado pelo nome totalmente qualificado, mas podem ser adicionadas as máscaras * e ?, com ação idêntica a que elas têm no intepretador de comandos Bourne . Por exemplo: lab*.pantanal.edu.br coincide com lab01.pantanal.edu.br assim como também com laber.pantanal.edu.br. Se não for informado nenhum nome de máquina, como no exemplo acima do diretório /home/ftp, qualquer máquina tem permissão para montar este diretório.
Quando é feita a checagem de uma máquina cliente no arquivo exports, o programa mountd procurará o nome de máquina cliente usando a chamada gethostbyaddr(2). Com o DNS, esta chamada retorna o nome canônico de máquina do cliente, criando assim a proibição da utilização de nomes alternativos de máquinas no arquivo exports. Sem o uso de DNS, o nome retornado é o primeiro nome de máquina encontrado no arquivo hosts que coincida com o endereço do cliente.
O nome da máquina pode ser seguido por uma lista de opções, entre parênteses e separadas por vírgulas. Estas opções têm os seguintes valores:
Durante a inicialização dos programas nfsd ou mountd, qualquer erro de análise do arquivo exports será relatado ao servidor syslogd com o nível de aviso.
Note que o nome de máquina é obtido a partir do endereçamento IP do cliente através do mapeamento reverso, devendo-se configurar corretamente o resolvedor de nomes. Caso se utilize o BIND e a segurança seja um item fundamental, deve-se habilitar a checagem de nomes falsos (``spoof'') no arquivo host.conf.