Os volumes NFS11.4 são montados de uma maneira muito similar à forma como os sistemas de arquivos normais são montados.
Pode-se acionar o comando mount usando a seguinte sintaxe:
O parâmetro volume_nfs deve ser especificado com a seguinte sintaxe:
máquina_remota:diretório_remoto. Dado que esta notação é própria do sistema de arquivo NFS, não será necessário utilizar a opção -t nfs.
Existem opções adicionais que podem ser especificadas com o comando mount, sobre a montagem um volume NFS. Elas podem ser informadas após a opção -o na linha de comando, ou no campo de opções do arquivo /etc/fstab. Em ambos os casos, múltiplas opções devem ser separadas por vírgulas. As opções especificadas na linha de comando têm preferência sobre as dadas no arquivo fstab.
Segue um exemplo de entrada no arquivo /etc/fstab :
Este volume pode ser montado através do comando:
Na ausência de uma entrada no arquivo fstab, as chamadas NFS ao programa mount podem parecer complexas. Supondo-se que se queira montar o diretório home de uma máquina chamada lua, que usa tamanho de bloco de 4k para operações de leitura/escrita. Será necessário então diminuir o tamanho de bloco em 2k para adaptar-se ao tamanho do datagrama , utilizando-se o comando:
A lista de todas as opções válidas está descrita completamente nas páginas de manual do nfs(5), que vêm com os utilitários do NFS de Rick Sladkey's (as quais podem ser encontradas no pacote util-linux). As opções mais importantes são:
Exceto para as opções rsize e wsize, todas as demais aplicam-se ao comportamento do cliente, caso o servidor fique inacessível temporariamente. Elas atuam em conjunto na seguinte situação: se o cliente envia um requisição ao servidor NFS, ele espera que a operação termine após um certo intervalo (especificado na opção timeout. Caso não seja recebida qualquer confirmação dentro do tempo predeterminado, ocorrerá a chamada ultrapassagem de tempo menor e a operação será repetida dentro do intervalo de tempo de espera definido. Ao se atingir 60 segundos sem resposta, ocorrerá uma ultrapassagem de tempo maior.
Por padrão, a ultrapassagem de tempo maior fará com que seja impressa uma mensagem na tela do cliente e todo o processo seja reiniciado, com um tempo de espera igual ao dobro do tempo anterior. Teoricamente isto poderá perpetuar-se eternamente. Volumes que ficam tentando uma operação até que o servidor se torne disponível são conhecidos como de montagem direta11.5. O oposto, os volumes montados pelo método simbólico11.6 geram um erro de E/S para o processo cliente quando ocorrer a ``ultrapassagem do tempo de espera''. Devido ao processo de ``gravação atrasada'' introduzido no buffer de cache de E/S, esta condição de erro não é informada ao processo cliente antes dele chamar a próxima função de gravação11.7, fazendo com que o programa não possa garantir que uma operação de escrita em um volume montado simbolicamente foi concluída com sucesso.
O volume estar montado direta ou simbolicamente não é uma simples questão de gosto, mas tem muito a ver com o tipo de operação que se deseje efetuar neste volume. Por exemplo, caso se queira montar programas X via NFS, certamente não se gostaria que uma sessão X parasse, somente porque alguém interrompeu a rede, ou porque alguém tirou o cabo da placa Ehternet por um momento. Através da montagem direta de um volume, pode-se garantir que a estação irá esperar até que se restabeleça o contato com o servidor NFS. Por outro lado, dados não críticos como arquivos FTP, podem ser montados de forma simbólica, fazendo com que a sessão local não seja interrompida nos casos em que a máquina remota está inoperante ou temporariamente inacessível. Caso a conexão com o servidor seja de má qualidade ou utiliza um roteador sobrecarregado, pode-se incrementar o tempo de espera inicial usando a opção timeo, ou montar o volume de forma direta, porém permitindo interrupções por sinais às chamadas NFS, fazendo com que qualquer espera excessiva no acesso a um arquivo possa ser interrompida.
Normalmente, o servidor mountd acompanhará de alguma forma quais os diretórios que estão montados e em quais máquinas. Esta informação pode ser apresentada através do programa showmount, incluído no pacote de aplicações NFS. No entanto o programa mountd do pode também informar os volumes disponíveis via NFS através do comando mount, explicitado sem parâmetros.