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1.3.6 O Protocolo de Controle de Transmissão

Obviamente enviar e receber datagramas de uma máquina para outra não é a história completa. Caso se esteja conectado a jaburu, é desejável ter-se uma conexão confiável entre um processo rlogin a ser executado em jacare e o interpretador de comandos em jaburu. A informação enviada de/e para a outra máquina deve ser dividida em pacotes pelo emissor, e remontada em um conjunto de caracteres pelo receptor. Apesar de parecer simples isso envolve um grande número de tarefas complexas.

Algo importante para se saber sobre IP é que, por definição, ele não é totalmente confiável. Assumindo, por exemplo, que 10 pessoas em uma rede Ethernet iniciem a transferência da última versão do Xfree86 a partir do servidor FTP da UP, a quantidade de tráfego gerada seria demasiada para um simples ponto de passagem poder suportar, por ser muito lento e ter pouca memória. Neste momento caso um pacote seja enviado para jaburu, dourado poderá estar sem espaço no buffer por um momento, sendo incapaz de retransmití-lo. O protocolo IP resolve este problema simplesmente descartando o pacote, o qual estará irremediavelmente perdido. É de responsabilidade da máquina checar a integridade completa dos dados e retransmití-los em caso de erro.

Isso é realizado por outro protocolo denominado TCP, ou Protocolo de Controle de Transmissão, o qual constrói um serviço confiável sob o protocolo IP. O uso adequado do TCP faz com que ele use o protocolo IP para dar a ilusão de uma conexão simples entre dois processos em sua máquina e em uma máquina remota, não sendo necessário assim preocupar-se com a rota que os dados eventualmente utilizem. Uma conexão TCP funciona essencialmente como um conector de duas mãos no qual ambos os processos podem escrever e ler a partir da conexão. Podemos imaginar algo similar a uma conversação através do telefone.

O protocolo TCP identifica os pontos finais da conexão pelo endereço IP das máquinas envolvidas e através do número da porta envolvida em cada máquina. Portas podem ser vistas como pontos de ligação para conexões de rede. Retornando ao exemplo da ligação telefônica, pode-se comparar o endereço IP como o código DDD e os números de portas aos números de telefones.

No exemplo de um programa rlogin, a aplicação cliente (rlogin) abre uma porta na máquina local, por exemplo jacare, e conecta-se à porta 513 em jaburu, a qual o programa servidor rlogind conhece e monitora. Após este procedimento, é estabelecida então uma conexão TCP. Ao utilizar esta conexão, rlogind executa então um procedimento de validação de usuário e após disponibiliza um ambiente interpretador de comandos. A entrada e a saída padrão do interpretador são redirecionadas para a conexão TCP, fazendo com que tudo o que seja digitado em rlogin na máquina local seja enviado através de datagramas TCP e seja fornecido ao interpretador de comandos na entrada padrão do servidor remoto.


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