Ao configurar a biblioteca de resolução de nomes para usar o BIND para pesquisas de máquinas, deve-se informar ainda quais servidores devem ser usados. Existe um arquivo específico para isto, denominado resolv.conf. Se este arquivo não existir ou estiver vazio, o resolvedor assume que o servidor de nomes está na máquina local. Ao se executar um servidor de nomes na máquina local, deve-se configurá-lo separadamente, como será explicado na seção seguinte. Se a máquina já está em uma rede local é sempre preferível usar um servidor de nomes já existente, caso seja possível.
A opção mais importante no resolv.conf é denominada nameserver, que fornece o endereço IP de um servidor de nomes para uso. Eles são consultados na ordem fornecida, caso sejam especificados vários servidores de nome com a opção nameserver, por isso, deve-se colocar o servidor mais confiável em primeiro lugar. Atualmente, até três servidores de nomes são suportados. Se a opção nameserver não for fornecida, o resolvedor tentará conectar-se ao servidor de nomes na máquina local.
Duas outras opções: domain e search permitem a utilização de atalhos para os nomes das máquinas no domínio local. Normalmente, ao se executar o comando telnet para outra máquina, não há necessidade de informar o nome totalmente qualificado, mas simplesmente um nome como aracaju ou natal na linha de comando, e o resolvedor anexará a este nome o sufixo cvirtual.com.br, por exemplo. É exatamente isso que a opção domain faz. Permite especificar um nome de domínio padrão a ser anexado quando o DNS falhar na pesquisa de um nome de máquina. Por exemplo, ao se fornecer o nome jacare e o resolvedor falhar na busca de seu nome no DNS, porque não há domínio de primeiro nível, ao se informar mat.pantanal.edu.br como domínio padrão, ele repetirá a pesquisa por jacare agora com o domínio padrão anexado.
Isso parece ser bastante interessante, até o momento em que se tenha que contactar uma máquina localizada fora do Departamento de Matemática, pois estaremos de volta novamente com nomes totalmente qualificados. Obviamente seria desejável ter-se atalhos, como por exemplo jaburu.fisica para uma máquina de nome jaburu localizada no domínio fisica.pantanal.edu.br.
É neste momento que a opção search entra em ação. Uma lista a ser pesquisada pode ser fornecida usando a opção search, a qual é uma generalização do comando domain. Enquanto o último fornece um único domínio padrão, o segundo fornece uma relação destes, testados na ordem fornecida, até que um deles seja bem sucedido. A lista deve ser separada por brancos ou tabulações.
As opções search e domain são mutuamente excludentes e não podem aparecer em conjunto na mesma configuração. Se nenhuma opção for informada, uma lista padrão de procura é construída a partir do nome de domínio local usando o nome de domínio da máquina local, mais todos os domínios paternos até o domínio raiz. O nome do domínio local pode ser dado através da opção domain. Caso ela não seja informada, o resolvedor irá obtê-la através da chamada do sistema getdomainname(2).
É aconselhável limitar e conferir atentamente os domínios a serem pesquisados, pois uma definição mal feita pode gerar problemas colaterais estranhos no uso da rede.
Caso domínios padrões pareçam confusos, deve-se considerar o seguinte arquivo resolv.conf de exemplo para a Cervejaria Virtual:
ao encontrar o nome maceio, o resolvedor buscará a máquina maceio, e se este falhar, buscará a máquina maceio.cvirtual.com.br, maceio.com.br e maceio.br.